Pé-na-bunda, dado ou tomado, ensina muito! 3- Seja você mesmo. Mesmo.

Todo mundo já ouviu essa frase, “Seja você mesmo”. Mas será que realmente entendemos a profundidade deste apelo? Acredito que quando psicólogos e terapeutas reforçam esta necessidade, é porque eles tem uma lista imensa de histórias terríveis e traumas profundos pelo simples fato do infeliz não ter sido sincero consigo e com o parceiro.

A gente sabe que o momento da conquista, o famoso primeiro encontro, é rodeado por uma sensação involuntária e selvagem de “caça e caçador” e não queremos que nada dê errado. Mas, se já na primeira oportunidade encarnarmos um personagem, significa que nem de nós mesmos gostamos. Se não queremos que o outro nos veja como somos, é porque ainda não nos aceitamos. Então, antes de se amarrar, meu amigo, sugiro que você se reconheça, se aceite, mude o que acreditar ser bom para a sua felicidade e principalmente, se ame. Depois disso, você terá condições de oferecer algo à alguém.

O nome dessa situação é: mentira. Simples assim. E quem sofre com isso é você e quem você tanto queria fazer bem. Em um determinado momento, e, acredite, ele chega mais cedo ou mais tarde, você vai enlouquecer e decepcionar a pessoa que saberá que estava ao lado de outro indivíduo, diferente daquele dos primeiros meses de relacionamento. Isso é tão cruel para você quanto para o outro. Uma vez ouvi a seguinte frase e guardei: “Se apaixonar, é quando você encontra alguém com quem você possa ser você mesmo”. Hoje sinto que é isso mesmo.

Fora que a pessoa além de ter o direito de saber para quem está se entregando, precisa ter a consciência de que as pessoas mudam. Vivemos experiências, conhecemos coisas novas e isso nos molda. Imagine se o ser iluminado que está ao seu lado além de conviver com suas mudanças diárias, ainda ter que aceitar que tudo aquilo apresentado no início era um conto de fadas? Nessa hora, na maioria das vezes, vai cada um pra um lado porque sem perceber você tocou em um dos pilares que sustentam qualquer relação: a confiança.

Se sua intenção é uma noite e nada mais, encarnar diversos personagens pode até ser divertido, mas quando você sossegar e quiser viver algo mais profundo e duradouro, sugiro que fique nu de todas as tranqueiras que não formam você, e revele sua essência ao escolhido. A sensação de acordar ao lado de um estranho é uma das mais bizarras, então, se você baba ao dormir, babe. Se você gosta de dançar pelado, dance. Se você ama dormir muito, durma. Se você curte sertanejo, curta. Se você é ateu, seja. Se seu lance é mudar tudo o tempo todo, mude. E se sendo você mesmo alguém disser “Eu te amo” e for recíproco, escancare as portas do seu coração!

*Perdeu os primeiros relatos da série “Pé-na-bunda, dado ou tomado, ensina muito!”? Não se desespere! Confira clicando nos links abaixo! 😉

1 – Vá aproveitar a vida!

2- É bom ser da mesma espécie

Sâmela Silva, é uma brasileira, que de viagem em viagem, foi morar em Moçambique, África, onde o despertar pela escrita falou mais alto. Jornalista e Consultora em Gestão Empresarial, vem descobrindo o mundo e se descobrindo por meio de ideias rabiscadas nos bloquinhos virtuais.  LinkedIn | Twitter | Facebook | Blog “A grama da vizinha”

Pé-na-bunda, dado ou tomado, ensina muito! 2- É bom ser da mesma espécie

Sabe aquela história de “os opostos se atraem”? Então… 

Os opostos se atraem mesmo, vide o lado positivo e negativo das pilhas, mas olha, se tratando de seres humanos que desejam um relacionamento baseado em companheirismo, presença e cumplicidade, acho que pode ser uma combinação bem arriscada. Eu explico. Agindo no impulso e na paixonite aguda, escolhi pessoas que na maioria das vezes eram o oposto de mim em quesitos essenciais. Ser diferente é bacana, procurar alguém igual é utópico, mas se a pessoa for extremamente diferente nos itens que você tem como base para a sua vida, uma hora o bicho vai pegar.

Por exemplo, sou do tipo que gosta de conversar, ir em exposições, teatros, shows, viajar. Não tenho uma religião definida, gosto de aventuras, de experimentar coisas novas, fico mais segura ao planejar, sou controlada financeiramente, e mais algumas outras bobagens. Pra completar sou romântica, amo surpresas, demonstrações de afeto, etc, mas é incrível como eu sempre tive a capacidade de atrair pessoas que estão c*g*ndo pra tudo isso. Flores então! Eu adoro, e só ganhei uma vez, e foi aquele buquet que veio junto com um “Eu te amo” que me fez fugir. Vai entender… Bom, o problema é que, das duas uma:

Você se frustra

Você vai esperar atitudes e elas não virão. Mas como todo bom apaixonado, você sempre ficará na esperança de que a pessoa abra exceções de vez em quando, que inove, etc, e aí vem uma das mais torturantes sensações: a expectativa. Essa palavrinha tem o poder de te levar do céu ao inferno em segundos. Esperou, não ganhou? Se frustrou. Simples assim.

ou…

Você se anula

Para sustentar o relacionamento e não se frustrar, você começa a abrir mão das coisas. Daquelas coisas que eram essenciais pra você, que te faziam feliz. De repente, surge um vazio, um algo grande que você não sabe o nome, mas sabe que aquilo não estava ali, que era de outro jeito, você era de outro jeito. E quando menos esperar, você tende a explodir e a querer viver tudo o que deixou de viver, ou, com 50 anos vai se questionar “Que chatice, o que eu fiz da minha vida?”.

Ter alguns itens diferentes é normal e gostoso porque você conhece coisas novas, experimenta, se reinventa através das novas experiências. Mas quando você junta água e óleo… Bom, se você não sabe o que acontece, corra para a cozinha e faça a experiência. Pra mim, é exatamente o que acontece na vida real. Se você for indiferente e não se importar com esse distanciamento, ok! Seja muçulmano e case-se com uma defensora dos homossexuais e dos direitos da mulheres. Vai dar super certo… Só que não.

O pior disso tudo ao meu ver, é que sem perceber, na maioria das vezes, vocês estarão indo para lados opostos. Estarão sozinhos em seus anseios, atos e planos. E esse tipo de relacionamento já não combina comigo. Se for pra estar sozinha em tudo, fico sozinha então. Decidi que agora quero encontrar partilha, vivência de novas experiências de mãos-dadas, e se for algo bizarro, tipo saltar de paraquedas, eu entenderei se a pessoa só quiser me acompanhar e vibrar em terra firme e farei o mesmo por ela caso ela queria comer buchada de bode! Rs…

Enfim, antes eu achava que só amor e paixão bastavam, mas depois de 11 anos de carreira e um semi-divórcio cheguei à conclusão de que para manter um relacionamento feliz e duradouro é preciso muito mais do que essa parte conto-de-fadas da história, e esse “mais” conto nos próximos causos!

O que vocês pensam sobre isso? Compartilhem comigo aqui nos comentários do post!

Perdeu o 1º relato da série “Pé-na-bunda, dado ou tomado, ensina muito!”? Não se desespere! Confira clicando no link abaixo! 😉

1 – Vá aproveitar a vida!

Sâmela Silva, é uma brasileira, que de viagem em viagem, foi morar em Moçambique, África, onde o despertar pela escrita falou mais alto. Jornalista e Consultora em Gestão Empresarial, vem descobrindo o mundo e se descobrindo por meio de ideias rabiscadas nos bloquinhos virtuais.  LinkedIn | Twitter | Facebook | Blog “A grama da vizinha”